Papo Sem Fim - Tristeza

É curioso esse investimento atual das pessoas na tristeza, na expectativa do desastre e do acontecimento de coisas ruins. Esse comportamento não é novidade no mundo, mas há uma sensação, que merece ser testada para se saber se verdadeira ou não, de que há cada vez mais pessoas aderindo a ele. E olhe que, além de criações como a PNL, temos um bom número de pessoas buscando e procurando transmitir melhores formas de viver e conviver.

Uma das maneiras de multiplicar coisas boas é procurar pessoas que as cultivem e realizar trocas com essas pessoas. A sensação que se tem é que está mais difícil achá-las, encontramos com facilidade quem fale das dificuldades da vida. Não que se queira que se ignore a realidade, mas que se busque mecanismos para transformar os obstáculos que eventualmente se apresentam pela vida. O que se espera é que ao invés do ‘tá mal’, se ouça ‘estou fazendo isso ou aquilo para sair desse mal...’

Tornou-se tão habitual lastimar-se que indicação de sugestões positivas são descartadas imediatamente, pois são consideradas como inviáveis. Não porque realmente possam sê-lo, mas porque não se está interessado ou disponível para ouvir as explicações de que medidas alternativas podem ser tentadas.

Apesar de todo o quadro depressivo, é importante não se entrar nesse clima, continuar a buscar o positivo. Mesmo que seja verdadeira a diminuição de pessoas “para cima”, continuar a procurá-las e dividir mais o tempo com elas. Não insistir muito com pessoas que não conseguem ver o lado bom da vida. Se elas não querem tê-lo é difícil trazê-las para cá. Enquanto a “ficha não cai” é esforço perdido. A sugestão não é para abandoná-las, é, apenas, para ser menos insistente, mudar de métodos. Esse movimento, essa tentativa de tirá-las de lá pode, na realidade, até afastá-las de cá. É um comportamento humano comum defender as “suas coisas”, mesmo quando sejam essas que nós, do outro lado, consideramos como más.

É bom se estar atento a que algumas pesquisas indicam. Não é apenas a psique a responsável por comportamentos inadequadas. O chumbo e o alumínio são alguns dos metais causadores de quadros depressivos. A falta de sol também. Países cujos dias são na maioria das vezes sombrios têm mais depressivos que outros onde o sol é uma constante. Nós aqui continuamos a tê-lo à nossa disposição, no entanto o nosso contato com ele vai cada vez menor, fechados que ficamos em nosso escritórios e casas. Que tal uma caminhadinha até algumas esquinas à frente (ou atrás) no próximo dia em que ele aparecer? Deixe o carro em casa. Avalie o que você anda comendo, quem sabe seja bom você trocar suas panelas.

Não acredita? Talvez seja bom pegar outras opiniões, leia mais, mas, além de seletivo, seja crítico em suas leituras. Ah, sim uma pequena lembrança, é comum o chumbo estar presente nas tintas.

Moacyr Waldeck é psicólogo clínico (CRP 05-21093). Trabalha com grupos de redução de peso, combate da ansiedade, compulsividade e estresse. Prepara vestibulandos para redução de estresse no período de provas, reforço de memória e aceleração de aprendizado. Foi instrutor de Relaxamento na SOHIMERJ, onde fez sua formação. Tel.: (21) 2743-6452 – Teresópolis/RJ

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