É com grande alívio que, enfim, conseguimos vencer, se não a guerra, uma pequena batalha.
Quando vi o preço dos tomates atingir os R$ 3,00 parei de comprá-los. Aos 5,00 deixei de comê-los até mesmo nos restaurantes.
É verdade que foi uma luta surda, sem comentários, mas a minha expectativa, e esperança, era de que os consumidores compreendessem que a melhor arma para baixar preços de produtos perecíveis é não consumi-los. Para os não perecíveis também, mas aqueles são mais sensíveis a essa tática.
Você já percebeu quanto tempo um tomate agüenta ficar na geladeira sem estragar? Pouco, não e mesmo? É por isso é que a melhor tática é não consumir. Simples assim! Os vendedores verão seus produtos se estragando e para minimizar seu prejuízo baixarão os preços.
Pena que tenhamos no Brasil os piores consumidores do Planeta. Não, como dizem alguns vendedores, que o brasileiro consuma pouco, mas porque, não sei que mistério é esse, o brasileiro não consigue viver sem consumir qualquer coisa que ele invente que não é passível de viver sem. As explicações eu tenho várias, mas prefiro não explicitá-las.
Que mistério (genético?) é esse de que brasileiro adore pagar mais por coisas que valem menos, entrar em filas e tantas outras coisas que um simples apelo racional deveria resolver a questão?
Alguém aí tem alguma explicação para que eu reúna às que já tenho? Espero continuar com a colaboração de todos vocês que se uniram a mim nessa pequena batalha que trouxe os tomates para um valor mais justo e adequado de não superar os dois reais por quilo. Agradeço-lhes também, afinal temos e teremos muitos outros embates pela frente.