Equilíbrio Produção X Aplicação dos Nanotubos de Carbono

A ciência dos materiais avança em passos largos dentro do campo da nanotecnologia.

O Brasil cresce em pesquisas de aplicação tecnológica desse novo material com tantas propriedades desconhecidas e uso nas áreas: eletrônica, farmacêutica, alimentícia e a aplicação no aumento da resistência mecânica em vários materiais.

Entretanto, percebe-se o desequilíbrio entre a aplicação e produção dos nanotubos de carbono. Ao aplicá-los em diferentes matrizes, pesquisadores e empresários deveriam, simultaneamente, olhar para o equilíbrio produção-aplicação como a principal estratégia. Segundo o MC e T (2010), 150 empresas desenvolvem produtos ou prestam serviços decorrentes de conhecimentos em nanotecnologia. As pesquisas crescem, mas não a preocupação em gerar nanotubos de carbono.

No recente evento "IX Encontro sobre Diamante, Carbono Amorfo, Nanotubos e Materiais Relacionados”, acontecido em Pelotas, verificou-se que a grande parte dos trabalhos apresentados fixou-se em pesquisas de aplicações e pouco se falou nas sínteses dos nanotubos de carbono.

Produzir nanotubos de carbono de qualidade, sintetizados de formas alternativas, com sustentabilidade ambiental e econômica, é de vital importância. A máquina da nanotecnologia exige o cuidado entre o equilíbrio produção-aplicação. Essa balança monitora a necessidade de gerar esse material, para que não precisemos comprar de outros países, como está acontecendo. Importar nanotubos de carbono não pode virar rotina, em especial porque já dispomos no país de tecnologia capaz de gerá-los a preços competitivos no mercado internacional.