Esse artigo foi publicado por nossa amiga no Prana em dezembro. Ela nos enviou exatamente no dia de Natal. Só o abrimos em 2009. Propusemo-nos rever projetos a cada dia do ano, assim trocamos, no título dela, 'Fim' por 'Início' (de Ano). Janeiro acabou, fevereiro e o carnaval passaram, março é o início do ano no Brasil. Tudo a haver. Vamos à Lúcia.
----------------------------------------------------------------
Dezembro. Chegamos novamente no final do ano. Mais uma vez repetimos que foi tão rápido que nem vimos o ano passar. Não vimos porque estivemos muito ocupados com nossos trabalhos, nossos cursos, nossas responsabilidades e compromissos diários, nossas pré- ocupações, nossas pendências, nossas dores e medos. Não vimos porque estávamos temendo o futuro, desconhecido ou porque estávamos saudosos lembrando o passado.
É preciso despertar e avaliar. Como chegamos até aqui: melhor, igual ou pior do que antes? Sentimo-nos vivos, presentes, entusiasmados, satisfeitos, realizados, saudáveis ou amargos, apáticos, decepcionados, desanimados, insatisfeitos, fragilizados, desconfiados?
Não vamos nos despedir do ano jogando toda a bagagem fora, na expectativa de que tudo termine, magicamente. Junto aos votos de saúde, felicidade, paz, alegria, sucesso, prosperidade, que nos são enviados, é preciso atitude e ação para alcançá-los.
Aproveitamos as oportunidades que surgiram e valorizamos todas as vezes que saímos vitoriosos? Fizemos mais descobertas a nosso respeito e a respeito dos outros? Quantos desafios foram enfrentados e quantas vezes encontramos as soluções? Quantas portas se abriram depois que algumas nos pareceram se fechar? Quantas oportunidades nós tivemos de transformar pessoas e fatos com nossas atitudes mais equilibradas? Conseguimos?
Se nem tudo deu certo, se falhamos, se erramos, ou "tiraram nosso tapete", se a vida nos surpreendeu, se foi grande demais o desafio, é bom lembrar que não ganhamos todas. Nada de arrependimentos, mágoas, vítimas, ou culpados. Mais uma vez, algumas situações se repetem, como se já tivéssemos visto esse filme antes. Emoções reconhecidas como desproteção, desamor, exclusão, rejeição se repetem, é porque precisamos mudar.
É tempo de reciclar, reaprender, recomeçar! Rever a bagagem da nossa viagem da vida, reorganizando o conteúdo, reconstruindo a existência.
Segundo um texto budista, muitos de nós têm seus dedos na tomada, para acender sua própria luz, mas têm medo de ligá-la. Que nesse final de ano a meta principal seja acender a própria luz. Não dá para esperar mais. Que cada um de nós possa a cada dia mais, funcionar como um ponto de luz , iluminando esse tempo e esse espaço.