Pré-piração vestibular

Apesar de termos engenheiros na direção de táxis, professores, psicólogos, nutricionistas e inúmeros outros exercendo funções para as quais não se prepararam nas Faculdades em que se formaram, já que tais funções não exigem nível superior, o mito de a escolaridade abrir portas leva uma boa quantidade de gente à batalha vestibular.

Ao meio e ao final desse ano, novos e antigos combatentes irão se enfrentar após muita ralação, para alguns, tô-nem-aí, para outros.

Em qual desses lados você está? Não são times, são chaves.

Os times são os dos que têm e os dos que não têm chance, os dos que conseguirão e os dos que quase conseguirão passar, e muitos outros. Lógico que todos esses pertencem à 1ª, pois na 2ª chave só temos dois times: os dos que já eram antes de ter sido, com uma multidão de adeptos, e o dos avis raras, raríssimos componentes e nem me pergunte o porquê de terem passado. Não gosto de perder tempo, assim, nem dou muita atenção a essa turma. Fazer o registro e o máximo a que me disponho.

Perder meu tempo me é incômodo, mas gastar não. No pré-vestibular há uma turma com a qual gosto de trabalhar. Os que estão a fim, mas que, por vários motivos, têm pouca chance. Pouca é mais do que zero e a disposição que me é apresentada serve de motivação à minha. É uma forma boa de gastar o tempo, muitas vezes compensada pelos resultados positivos que se obtém. Para muitos deles até inesperados, pois eles próprios desconheciam as suas potencialidades, a possibilidade de adquirir conhecimentos e resultados, por vezes, em curto prazo, tendo em vista suas condições desfavoráveis em relação a outros concorrentes por um tão esperado lugar ao sol.

Que elementos são importantes para essa virada? Disposição, mais do que disponibilidade, é uma delas. Disposição, por exemplo, para abrir mão, nesse curto período de um ano, de alguns prazeres em alguns momentos. ALGUNS, não todos. Mesmo porque se não houver prazer, como o de ter conseguido apesar das adversidades, talvez não valha à pena o esforço.

Disposição para avaliar adequadamente o caminho a seguir. São muitas as variáveis. Optar por um caminho mais fácil poderá NÃO ser uma boa. Optar por um caminho mais fácil poderá ser uma estratégia. Isso, como tudo na vida, depende da pessoa e das circunstâncias. Investimento, Prazer, Ganho, Assumir Responsabilidades são alguns itens a serem levados em conta na hora da escolha.

Investimento

Como vive você? Dependente financeiramente de alguém? Nesse caso, como seu caixa libera a grana para você se preparar? Fácil, mole, difícil? A grana do seu caixa é pra ser jogada no lixo (tenho visto isso com muita freqüência)?

Você tem uma certa ou total independência financeira? As perguntas são parecidas, a diferença está na origem do caixa (você) e uma eventual maior (nem sempre) responsabilidade em relação ao dinheiro.

Já vi muita gente usando a sala do pré prá namorar ou como desculpa para ir namorar em outro lugar. Nesse último caso até acontece aparecem de vez em quando para ocupar lugar na sala. Namorar é bom, mas a esse preço? É, a gente já sabe das explicações: pais e mães, alguns preconceituosos, outros pouco atentos aos desejos e interesses de seus filhos, outros esperançosos e crentes em possibilidades, mas pouco integrados, filhos que adotam o consumismo como modo ideal de vida e um montão de outras coisas (elas podem ocorrer junto ou separadamente).

A preparação pode ser feita sem um cursinho, mas, nesse caso, exige muito: disposição acompanhada de organização. Tenho uma proposta para os dispostos, mas que, por esses tristes tempos consumistas, não é de graça. Qualquer que seja a alternativa, que você criar, ela exigirá investimentos financeiros. A diferença estará nos valores investidos e nos resultados obtidos. Em alguns, é claro. Não representando, necessariamente, menores investimentos ou piores resultados, serão, apenas, diferentes!

Se a escolha for a busca de um cursinho vestibular é bom levar em conta que: nem sempre o mais caro é o melhor e, básico, o curso sozinho não dá conta, você tem que fazer a sua parte.

Um investimento extremamente importante, que não é, mas os americanos costumam afirmar ser dinheiro, é o tempo. Investir seu tempo adequadamente na preparação, insisto, é fundamental. É só por um ano para uns, dois para outros. Nas preparações adequadas não se vai além disso. Os dois anos vão se justificar em função da disponibilidade de tempo e da base construída nos ensinos fundamental e médio.

Repetindo: é preciso saber investir o tempo adequadamente ao invés de esbanjá-lo. Deve-se usá-lo organizadamente para: novos conhecimentos, treinamento dos conhecimentos, preparação antiestresse e promotora do aumento da auto-estima, dormir, alimentar-se, lazer (esportes, namoro, papos e seja lá o que for) e o resto que você tem para fazer.

O vidaleve espera por nós para ser colocado no ar. Assim, deixemos para março os outros três itens. Se você faz muita questão de saber logo sobre eles, se quer saber algo também sobre práticas antiestresse e se você morar no Rio, Niterói ou Teresópolis, entre em contato com a coordenação de seu colégio para que ele agende um papo meu com você e seus colegas. Irei de bom grado. Ficamos na expectativa de minha disponibilidade. Disposição eu tenho.

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MOACYR WALDECK é psicólogo clínico (CRP 05-21093). Trabalhou com grupos de redução de peso, combate da ansiedade, compulsividade e estresse. Preparou vestibulandos para redução de estresse no período de provas, reforço de memória e aceleração de aprendizado. Foi instrutor de Relaxamento na SOHIMERJ, onde fez sua formação. - Tel.: (21) 9 9322-4691 – Rio de Janeiro/RJ - mowaldeck@yahoo.com.br - (veja mais)

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