Papo sem fim - Tempos difíceis

Tempos difíceis costumam ser, para alguns seres humanos, períodos de muita criatividade, de busca de saídas. Para outros, entretanto, significa afundar-se totalmente.

Para uma mesma delicada situação, o indivíduo é que faz a diferença, independente de quanto auxílio esteja disponível. A ajuda de nada serve para quem não quer ser ajudado. Os tempos atuais têm-me dito muito isso.

Não aconteceu, mas bem que poderia ter acontecido um diálogo assim:

(1)__ Como vai?

(2)__ Mal, tenho andado muito doente.

(1)__ O que o médico disse?

(2)__ Não fui ao médico, estou sem dinheiro.

(1)__ Então vamos marcar para amanhã. Pode deixar a consulta por minha conta.

(2)__ Ah, não, ele vai passar muitos remédios e estou sem dinheiro.

(1)__ Pode deixar comigo que também dou os remédios.

(2)__ Ah, não, não tenho como pagar a você.

(1)__ Não estou emprestando, estou dando.

(2)__ Ah, não, você vai gastar seu dinheiro à toa. O meu caso é muito difícil.

(1)__ Como é que você sabe? Você não foi ao médico.

(2)__ É, não fui, mas eu já sei que não tem jeito...

É impressionante como muitas pessoas estão se agarrando às coisas ruins. Dá a impressão que elas só estão bem quando se sentem mal. Todas as sugestões plausíveis são descartadas para que elas não tenham mesmo saídas. Parece até que é muito cômodo passar e sentir-se mal. Inverter o quadro é muito cansativo e não trará proveito algum...

Preste atenção no seu discurso, você está nessa? Algumas vezes costumamos não nos apercebermos de uma tônica geral, da moda do momento: queixar-se!

Em outras épocas (e ainda hoje) fumar, beber, ter comportamentos anti-sociais era parte do mecanismo de inclusão em grupos. Hoje, mais que tudo isso, é queixar-se. Cada qual procura colocar mais tintas no seu quadro, para mostrar que sua dor é pior que a do vizinho e que o mundo está muito mal. A baixa auto-estima é o principal responsável por esse comportamento e propagação dessa forma de pensar: Oh Deus, oh céus, oh azar... Pior é que ela se auto-alimenta: quanto mais eu me digo mal, mais eu me sinto mal... quanto mais eu me sinto mal, mais eu me digo mal... quanto mais eu...

Eu, hein? A vida é bela, é boa e leve... para quem quer e faz que ela seja mais assim... se está difícil eu crio e invento facilidades... você está nessa?

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MOACYR WALDECK é psicólogo clínico (CRP 05-21093). Trabalhou com grupos de redução de peso, combate da ansiedade, compulsividade e estresse. Preparou vestibulandos para redução de estresse no período de provas, reforço de memória e aceleração de aprendizado. Foi instrutor de Relaxamento na SOHIMERJ, onde fez sua formação. - Tel.: (21) 9 9322-4691 – Rio de Janeiro/RJ - mowaldeck@yahoo.com.br - (veja mais)

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