Considerações Astrológicas (1)

Matéria atrai matéria na razão direta das massas
e inversa dos quadrados das distâncias.

Sir Isaac Newton – astrólogo
No aprendizado da Astrologia todo principiante sabe, pelo menos, da existência de uma coisa: signos. Os menos distraídos sabem que são doze.

Observar e estudar os astros estão nos primórdios da civilização. A matemática também. De um lado para quantificar as coisas, de outro como uma potente linguagem sintética e simbólica desveladora das coisas da natureza. A observação é fundamental para que se transite tanto em uma como em outra. Como neófito está claro para mim.

Aredito que descrever algumas dessas observações me levará a descobertas interessantes. Parte delas reproduzo nessas páginas. Espero que auxiliem a colegas iniciantes. Sugiro que façam, também, as suas considerações, que poderão ser trocadas entre todos nós que queremos descobrir esses caminhos hoje invisíveis para nós que ainda não sabemos lê-los ou vê-los.

Algumas vezes o óbvio não o é tanto. Outras vezes esconde outras obviedades não percebidas. Assim, divagarei sem preocupação, mas com a intenção de encontrar coisas ocultas e fixar os conhecimentos com os quais estou tomando contato.

Os meses, como os signos, são doze. Esse número pode ser decomposto como: 2 x 6 ou 3 x 4. Esses fatores (interessante como a matemática define os termos de um produto, não?) se apresentam claramente na Astrologia.

Meses são doze. Ao longo deles acontecem as estações que são quatro. Cada uma delas dura algo em torno de três meses e tem suas características próprias que interage conosco, que exerce influência sobre nós e sobre toda a natureza.

Verão e inverno, em oposição, são seguidos de períodos intermediários. O outono, prenunciando o inverno, o momento do repouso, da redução do movimento. A primavera, o despertar, o momento da beleza, preparação para a agitação, para o vigor.

Na Astrologia temos os elementos: fogo, terra, ar e água. Cada um desses quatro abrange três signos. Como as estações, cada elemento tem um traço comum.

FOGO: ardente, entusiástico, espontâneo, auto-suficiente e romântico. Quando mal empregado: autoritário e demasiadamente vigoroso. (Áries, Leão, Sagitário)

O verão é um momento de grande desenvolvimento das plantas, os raios solares são importantes para o amadurecimento dos frutos e de expansão de suas propriedades. O excesso, a canícula mata as plantas.

O sol da manhã é diferente do sol da tarde ou do sol do meio dia. O sol continua existindo, mas à noite não o vemos.

TERRA: prático, realista, prudente, conservador e sensual. Gosta de conforto material e tem bons poderes de recuperação. Quando mal empregado: insensível e demasiadamente materialista. (Touro, Virgem e Capricórnio)

É na terra que os vegetais vão se alimentar, de lá extrair os minerais que os farão viver, crescer. Ela precisa cobrir-lhes, quando sementes, para aquecê-los e criar condições adequadas para seu despertar. A cobertura precisa ser adequada para cada planta. O excesso de terra, entretanto, sufoca as sementes, impede-lhes a vida. O barro, a areia que pode ser fina ou grossa têm diferentes texturas e qualidades que poderão facilitar ou dificultar a vida de uma ou outra planta. Há combinações e oposições. A planta não depende apenas da terra, mas da água, onde os minerais da terra se dissolverão e serão absorvidos pela planta.

AR: comunica-se bem, tende à intelectualidade e é capaz de lidar com o raciocínio abstrato. Lógico, de mente aberta, objetivo, idealista e sem preconceito. Mal empregado: frio e sem senso prático. (Gêmeos, Libra e Aquário)

O ar pode ocasionar diferentes efeitos. Aqueça-o e nos fará aquecido, esfrie-o e ele nos fará frio. Um simples sopro pode se transformar no vento que, quente, nos queimará, se frio nos congelará. Quando transporta aquilo que nos é necessário nos será extremamente agradável. Ar: brisa, vento, vendaval, furacão.

ÁGUA: emotivo, apoiador e receptivo. Emocional, intuitivo, responsivo, sensível e profundo. Tende a variar de humor e é facilmente influenciado pelo ambiente. Mal empregado: auto-indulgente, autopiedoso, indulgente. (Câncer, Escorpião e Peixes)

De certa forma, como o ar, a água pode trazer diferentes efeitos, resultantes do aquecimento e do esfriamento. Deve-se considerar como diferenciais, importantes, que em condições normais o ar é fluido e se expande para ocupar todos os espaços enquanto a água é líquida e assume a forma do vaso que a contém, como o ar. A água, entretanto, se pouca, ocupará parte do recipiente, mas o ar, ainda que se rarefazendo irá ocupá-lo todo. Com uma pequena variação de temperatura, considerada com relação a outros materiais, a água muda de forma, para gelo ou para vapor. Esses estados, aliás, caracterizam os signos aquáticos: Câncer (líquido), Escorpião (sólido) e Peixes (gasoso).

Uma consideração importante a se fazer é sobre o conjunto de influências que atuam num instante, num evento etc.

Para exemplificar, podemos imaginar crianças brincando de empurrar caixotes. Uma delas goste de empurrar o caixote numa direção dada. Digamos Norte-Sul. A outra, entretanto, prefere a direção Leste-Oeste.

Quando só a primeira empurra a direção é uma. Quando só a segunda outra. Quando as duas empurram o mesmo caixote uma terceira direção se apresenta, resultado da ação das duas: Sudoeste. Consideremos mais: a força de uma ou outra criança, a velocidade com que elas agem. Inúmeras outras direções se apresentarão. Em nenhum momento, entretanto, o caixote seguirá na direção Norte ou na direção Leste e suas variações. A menos, é claro, que os meninos mudem a maneira como gostam de empurrar

Este é um engano muito comum entre leigos. Acreditar que um único fator é responsável por alguma coisa. Na nossa brincadeira usamos só dois meninos e as possibilidades foram várias. Se variarmos os interesses deles, novas possibilidades se abrem. Se variarmos a quantidade deles, como você acha que ficará?

Fiz-me uma proposta: pegar dados de pessoas conhecidas (data, hora, cidade de nascimento para a preparação de mapas natais que durarão o curso inteiro). Com isso irei, pouco a pouco, descobrindo influências, fixando conhecimentos.

Relacionei, até agora, 20 pessoas. Acho, não sei, que vou parar nesse número. Já me dá uma boa variedade dentro do zodíaco. Em especial porque a segunda proposta é fazer manualmente os mapas. Ajudará a compreender e fixar conceitos. Em algum momento usar um software para ver a correção do traçado.

Um questionário ao final de cada dia (lição?) talvez seja interessante. Eu me farei perguntas (escritas) e depois respondo. Após as respostas volto ao texto e observo o que perguntei ou deixei de perguntar ou de responder. Vai ser interessante!

Leia Mais (no Vida Leve)

As considerações acima são de um aprendiz de Astrologia.

\"...aos 20 anos de idade, Newton comprou um livro de astrologia mas não conseguiu entender certas passagens que dependiam do conhecimento e trigonometria. Esta teria sido a centelha que o orientou para a Matemática...\" (p. 78)
\r\n\"... muito mais místico que científico, alguns entenderam que tal interesse pudesse, no mínimo, significar certo desequilíbrio da parte do incomparável sábio. Ninguém tem condições de emitir qualquer julgamento a este respeito e o melhor que as pessoas comuns devem fazer é acreditar que um homem excepcional como ele, capaz de ver e sentir o que outros não conseguiram, seguramente possuía motivos válidos para concluir tais estudos.\" (p.81) - GARBI, Gilberto G. O Romance das Equações Algébricas. Makron Books

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